Na pequena cidade de Pontecurone, no Norte da Itália, nasceu, no dia 23 de junho de 1872, João Luis orione, numa dependência da casa de campo do Ministro Urbano Rattazzi, da qual o casal Vittorio Orione Carolina Feltri eram funcionários.
O Ministro gostava de entreter-se familiarmente com seus colaboradores. Tomando o pequeno Orione no colo, disse ao Sr. Vittorio: “Faremos dele um general!” Essa promessa – uma mera gentileza do exímio homem de Estado – realizou-se, com toda exatidão, pois o próprio Deus havia decidido: “Farei deste menino um grande general da caridade!”.
A infância do jovem Luis Orione pode resumir-se em poucas palavras: pobreza, trabalho, piedade e, sobretudo, uma grande vocação de amor e serviço pelos pobres mais pobres. Por isto, ainda como seminarista, dedicou-se às obras de ajuda aos mais necessitados, participando da Sociedade de Socorro Mútuo São Marciano e das Conferências Vicentinas, além de tocar bandolim nas janelas dos presídios, como uma forma de recreação e afeto para com os encarcerados.
Em julho de 1892, abriu seu primeiro oratório, um centro de educação cristã e de lazer para meninos em vulnerabilidade social.
Em 13 de abril de 1895, Dom Orione foi ordenado sacerdote. Neste mesmo dia, entregou a batina clerical a seis alunos de seu colégio, que tinham vocação sacerdotal. E em pouco tempo abriu novos colégios em Mornico, Noto, Sanremo e Roma. Assim começava seu exército da caridade.
Dom Orione tinha, de fato, valiosos dotes de general. Logo uniu a si os padres e seminaristas que, sob seu comando, constituíram o primeiro núcleo de uma frondosa família religiosa pautada na caridade sem fronteiras: a Pequena Obra da Divina Providência, pela qual seu carisma permanece vivo e espalhado em mais de trinta países, sempre cuidando dos mais necessitados.