O filézão de igreja completa meio século de tradição com o amor dos voluntários como ingrediente especial.
Em 1973, vários casais voluntários que queriam apoiar a causa do Complexo de Saúde Pequeno Cotolengo. Em conversa com o Padre Giovanni Patarello, decidiram realizar o que seria o primeiro churrasco no dia 02 de dezembro. Foram disponibilizados 60 almoços, e cerca de 80 pessoas participaram. Durante essa celebração, falaram sobre a necessidade de transformar esse ato de caridade em um compromisso para a manutenção da obra
“Esse pequeno grupo de paroquianos e moradores do bairro Santa Quitéria, subiu as ladeiras que circundam a nossa Organização com o intuito de arrecadar fundos para a obra, traziam com eles as suas panelas e utensílios, e vinham com o coração cheio de caridade, para preparar o primeiro churrasco que marcaria a história do Complexo de Saúde Pequeno Cotolengo, naquele momento por iniciativa deste grupo de voluntários, nasceu esse evento, que é conhecido e amado até hoje por toda a sociedade curitibana.”, relata Fabio Kotkouski, que atualmente é Supervisor do Churrasco no Pequeno Cotolengo.
O tempero do filézão de igreja, receita única do Pequeno Cotolengo, foi criado já nos primeiros eventos, e é mantido até hoje, pelos atuais churrasqueiros. O responsável por esse toque especial é o senhor Pedro José Köhler, caminhoneiro e voluntário do Complexo há mais de 30 anos.
“Minha história de voluntariado começou em um dia em que eu estava na Santa Missa e vi alguns cadeirantes assistindo a celebração, dava para ver no sorriso que estavam felizes e tranquilos. Então comparei com a minha rotina, eu trabalhava na estrada, e com todo aquele trânsito, tinha muito nervosismo. Por isso, decidi dar uma guinada na minha vida e ir me voluntariar no Pequeno Cotolengo. Fiz muitas amizades, aprendi muito, criei paixão pela Organização e pelos Assistidos. Dá pra ver como eles têm aquela qualidade de vida que todo ser humano deve ter, pois somos feitos à imagem e semelhança de Deus. Todo mês eu não vejo a hora de chegar logo a semana do churrasco para participar e ajudar. É muito gratificante ser voluntário”, conta.
Segundo Fabio Kotkouski, o voluntário é a verdadeira alma desse evento tão importante para a Organização.
“Ao longo desses 50 anos, muitas pessoas passaram por aqui e dedicaram seu tempo e esforço para tornar esse evento tão especial, com o passar do tempo esse grupo cresceu, hoje nós contamos com mais de 300 voluntários que trabalham em prol do nosso churrasco, que atende cerca de três mil pessoas todo o primeiro domingo do mês, toda essa dedicação é necessária e impacta diretamente ajudando a manter a vida de mais de 230 pessoas que são assistidas pela organização, para nós que estamos à frente desse evento tão grandioso fica apenas um sentimento de gratidão por toda essa dedicação, sem o voluntariado nada disso seria possível.” agradece.
Como dizia São Luis Orione: “Aos que trabalham para o Pequeno Cotolengo conceda Deus o cem por um na vida, e recompensa eterna no céu!”